domingo, 30 de dezembro de 2012

Bom momento seguinte para nós

Hoje é o penúltimo dia do ano, a realidade que nos cerca não é um fato concreto e sim algo que percebemos. Quanto mais prestamos atenção a ela, quanto mais tomamos consciência do seu caráter fluido mais podemos transformá-la. Não existe matéria sólida, o universo está em constante fluxo em todos os planos, inclusive no físico. isso significa que a todo momento estamos criando nossa própria experiência da realidade. Então aquilo que está acontecendo dentro de nós determina as pessoas e as coisas que atraímos. O que fica claro é que devemos perceber como manter nosso espírito suficientemente aberto para aprender a crescer e mudar a partir de cada experiência. Isto acontece quando tentamos fazer algo pelo qual sentimos paixão, sentimento e inspiração, mesmo que esse projeto em particular não funcione, mas valeu a pena por ter mantido em movimento a energia criativa, pois quando abrimos uma porta, mantemos em movimento a nossa energia criativa, possibilitando que vejamos o passo seguinte, a ação seguinte, o ano seguinte. Precisamos nos manter em movimento, agindo, criando, sonhando, pensando no instante seguinte, mas principalmente vivendo o instante presente com intensidade, consciente de que é ele que faz a estrada para o momento seguinte. O que você está fazendo agora para criar a estrada do instante seguinte? Bom momento seguinte para vocês.  Temos que agarrar nosso destino pela crina, acariciá-lo com fé e coragem, mas domá-lo. Quando possuímos confiança em nós mesmos as respostas do Universo onde atuamos são positivas e duradouras. Qualquer pessoa pode aprender a dominar suas dificuldades, desde que aprenda a confiar em si mesma.
Duci Medeiros

sábado, 29 de dezembro de 2012

Quero quero


Quero a graça divina de cada aurora
Quero a ressurreição da alma a cada entardecer
Quero o sussurro do tempo em toda epifania vivida
Quero o silêncio da dor em todos os olhares trocados.
Quero o intervalo das palavras a todo silêncio compartilhado.
Duci Medeiros

Quero


Quero seu corpo colado
Louco e molhado.
Quero sua alma amando
Viva e admirando.
Quero seu olhar vigia
Procurando-me noite e dia.

Quero sua boca beijando
Molhada e me buscando.
Quero sua paixão quente
Forte e preenchendo a gente.

Quero, porque quero
Digo sim, sem nenhum lero.
O que sinto e que te quero
Aqui, hoje e o tempo promete.

Quero sentir o que sinto
Sinto e não minto,
Sei que sou eu que digo
Que quero você comigo.

Quero, sei que quero
Mesmo que o tempo atropele
Seu cheiro e sua pele,
Seu amor sem remédio
Na hora e local sem tédio.
Quero você e não nego
O que você sabe que quero.

Duci Medeiros

Cavernas


Nas cavernas da vida
Somos peregrinos que buscam
As catedrais da esperança.
Percorremos caminhos incertos
Por labirintos da realidade
Olhando janelas dos sonhos.
Nos precipícios da dor
Encontramos lágrimas da alma,
Mas também os músculos do corpo e a força do espírito.
Nas montanhas de desejos
Queremos encontrar as verdades que se escondem e se inquietam.
Nos regatos que cercam os soluços das dores
Visualizamos o sofrimento do corpo e esquecemos da aprendizagem da alma.
Duci Medeiros

Sonho ébrio


No sonho ébrio de querer-te
Sou mais do que eu
Sou teus desejos mais secretos
Teus anseios inomináveis
tua vontade indizível.

Na louca realidade
Sou muito mais do que queres
Pouco do que mereces
Mais, muito mais do que sonhas.

Entre o sonho e a realidade
Meu corpo completa o teu
Meu olhar preenche tua alma
Com doçura e afeto.

Nas entrelinhas das palavras
Sou teu silêncio  profundo
A vírgula do teu fôlego
e o ponto final de tua vida.
Duci Medeiros

MINHA PROFISSÃO



PROFESSOR - O TEU SILÊNCIO

Professor, o teu silêncio secou teu olhar para a aurora.
Ao teu alheamento ergueu-se a saudade dos sussurros.
A catedral de silêncios é a própria sombra do momento, criado para te calar.
A tua voz é viúva e o tédio do teu silêncio abriga os horizontes da dor.
O teu riso professor é o eco das harpas sem cordas.
Os alunos foram cúmplice do teu calar,
mas não são acusados pelo teu eterno silenciar.


Professor, o teu silêncio é uma nau perdida em um mar de dor e solidão.
O coração dos alunos é uma âncora para esta voz surda e pálida.
É hora de assombros, no teu céu interior.
Tua alma é caverna onde as emoções são talhadas em mármore frio.
E os sonhos, professor, são tristes enganos, adormecem em leitos de dor.
O palácio das angústias é tua alma, pálida hora do sussurro.


Dói, mestre, ver o abandono dos sorrisos cristalinos
E a angústia da voz cortada pelo olhar de dor.
As ruínas que abrigam tua alma é irmã daquela que acolhe tua voz.
És náufrago de um mar de dor.
Poeira ao vento do esquecimento.


Professor, um olhar furtivo e caridoso acolhe todo timbre e alegria da tua voz,
Enquanto um mar de lágrimas abriga toda tua dor.
Querem te silenciar, assim como querem teu esquecimento.
Os eleitos pelo povo silenciam a voz dos mestres.
Obra sublime, venceram décadas de ditadura.
Com um silenciar insistente e amplo.
Silenciar, que atinge tua alma, teu bolso e tua dignidade.
Eles profetizam: cala-te professor!
O silêncio se faz.... Até quando?
DUCI MEDEIROS

SOU



SOU A ANDORINHA DA FÉ
VOANDO NA SOLIDÃO
ENCONTRANDO NA LUZ
A ETERNA GRATIDÃO.

SOU O CORPO DAS INCERTEZAS
VAGANDO NA MULTIDÃO
ENCONTRANDO NA DEUSA
A ETERNA HUMANIZAÇÃO.

SOU A ÁGUA DA MUTAÇÃO
VIAJANDO NO CONHECIMENTO
ENCONTRANDO NA LUA
A ETERNA LEI DO RETORNO.

SOU A FLUIDEZ DA MAGIA
VENDO NA NATUREZA
O ENCONTRO DA  LUZ E DA DEUSA
NO ETERNO CICLO DA VIDA.

A CADA PALAVRA - O SILÊNCIO
A CADA SILÊNCIO - UM SABER
A CADA SABER - UMA LUZ
A CADA LUZ - UMA MUDANÇA.

SOU A PALAVRA
REPRESENTO O SILÊNCIO
VISUALIZO O SABER
A CADA INSTANTE DE VIDA
SOU AGENTE DA MUDANÇA.

O INSTANTE É O VAZIO
DO SILÊNCIO EM MEIO A PALAVRAS.
O MOMENTO JÁ É IMPREVISÍVEL

ASSIM COMO A MUDANÇA.

O NOSSO AGIR INDEPENDE O JÁ,
POIS A JANELA DO TEMPO
NOS DEIXA NO ESCURO DA FÉ
ASSIM COMO O INSTANTE  JÁ
É O NOSSO SUSTO NA VIDA. 

DUCI MEDEIROS

Quem sou?



Há um caminho para seguir,
Eu sei é difícil, mas conhecer a si mesma vale à pena.
A caminhada é longa, surpreendente e difícil.
Os livros não podem ajudar
As pessoas não podem ajudar,
O mundo não pode ajudar
A única pessoa capaz de conhecer é você.
Não tem nada a ver com religião
Religião é o seu contato com Deus
Acordar é ver dentro de si,
É caminhar para sua lenda pessoal.
Você sente que precisa ver, mas o medo é grande.
Os livros podem lhe dar tranqüilidade,
Como um passeio pela praia, conversando com a eternidade do mar
Um banho de cachoeira, um abraço em uma árvore velha
Isto pode lhe fazer aceitar-se a si mesma.
Nada que há dentro de nós pode nos surpreender mais do que o caminho,
pois tudo que temos dentro de nós faz parte do nosso caminho.
Tudo é um reencontro, não existem coincidências
O ritual é religião, mas os significados da busca não.
O que te interessa é o significado, buscar o caminho pessoal
se conhecer, conhecer a lenda pessoal.
É como olhar uma nuvem e um vê um pássaro e outro vê uma vaca
A nuvem é a mesma, mas cada um vê de um jeito.
Cada rio segue seu curso, mas o destino é o mesmo – o mar.
Cada lua é uma transformação, mas a marca que fica é a eternidade.
Cada onda é única, mas a marca do oceano é a Constância.
Os ciclos de vida e morte e a aceitação do que sempre vem.
A minha busca da lenda pessoal:
Estava caminhando pela praia sozinha
Olhando a constância da maré quando percebi que tinha alguém do meu lado,
Quase caí de medo, depois fui me acalmando, silenciando minha alma
Quando consegui ouvir o silêncio dentro de mim
Quem estava do meu lado era eu mesma,
Uma pessoa velha, assustadora, mas que sabia muita coisa.
Parecia um balde cheio de água que alguém continua enchendo
Eu disse para ela: PORQUE VOCÊ NÃO DÁ UM POUCO PARA ALGUÉM?
Ela disse que quem iria fazer isso era eu.
Você precisa se acalmar e ouvir o seu silencio
Ele quer te dizer algo, não tema
Parece  assustador, mas no fundo é só você.
DUCI MEDEIROS