domingo, 14 de dezembro de 2014

DESPEDIDA

Um lenço ao vento
Uma lágrima na face
Uma dor na alma
Um coração partido
Assim é a despedida.

Uma lembrança que se apaga
Um amigo que se afasta
Um amor que se perde
Um lugar que se esquece
Assim é a despedida.

Um falar entre silêncios
Um olhar desviado
Um sorriso que se apaga
Uma palavra que se cala
Assim é a despedida.

Um adeus ao que se aprecia
Uma vontade de ficar que me guia
Um instante de dúvida que nos invade
Um abismo que cresce e nos evade
Assim é a despedida.

O dia que vai
A infância que parte
A paixão adolescente se desapercebe
A visão da beleza que  se despede
Assim é a despedida.

Toda partida
Anuncia uma chegada
Assim como a morte
Promete um renascer
Adeus, doce e certa despedida.
DUCI MEDEIROS

sábado, 8 de novembro de 2014

QUE

Que meus passos incertos sejam acompanhados por Ele
Que minhas quedas deem-me cicatrizes E aprendizagem
Que meus obstáculos sejam impostos pela vida para meu crescimento
E não por meus medos e covardias.
Que minhas lágrimas sejam companheira dos sorrisos
Que meus pesadelos sejam seguidos de um dia ensolarado.
Que as tempestades acompanhem arco-íris
Que as nuvens das incertezas dispersem-se na luz da fé.
Que a criança que chora em mim seja acalentada pela mulher confiante.
Que a adolescente maluquete seja sacudida pela adulta firme.
Que os sonhos escondidos sejam revelados pela verdade do trabalho.
Que a vida cotidiana seja iluminada pela esperança
Que o amanhã seja a colheita de um hoje possível
Que o hoje possível não derrote minhas forças
Que minhas forças tenham recargas de alegrias
Que as alegrias sejam compartilhadas.
Que com quem compartilho alegrias também as sintam verdadeiramente.
Duci Medeiros

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

CAMINHO

"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher."
Cora Coralina

Caminho pelo caminho da dor,
Mas a lágrima me fortalece.
Caminho pela estrada da solidão,
Mas a multidão que há em mim me preenche.
Caminho pelo vale da fé,
Mas a dor faz surgir a lágrima e a dúvida.
Caminho...caminho...caminho
Espero que a ação de caminhar
Me leve a algum lugar.
Duci

sábado, 18 de outubro de 2014

MINHA CONSORTE

Socializo aqui,  um texto  de um anjo, amigo e aluno que demonstra aptidão para as letras e, principalmente para a literatura. Alma doce, espírito forte e fala sensível. Alexsandro Messias



Minha agonia prende a garganta,
Falta de ar é o seu troféu,
A destruição é essência do seu mar de fel.
A minha submissão é resultado do seu trabalho.

Minha vida é a conclusão dos seus atos
O sarcasmo é lança que perfura o coração
A dor sinfonia da razão
As lágrimas são o bálsamo da emoção.

O suspiro é o alivio da calma.
A desilusão é cessar o fôlego da alma.
A morte, mel dos meus lábios
Meu desejo afável
Meu doce amargo.

Desejada, cortejada, amada
Meu delírio, o meu declínio
A minha sorte? A Morte.
Ela será... minha consorte.  
Alexsandro Messias

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

SOU


Sou a rosa do jardim da vida
Transmito o aroma da fé
A beleza da esperança
A efemeridade do amor

Sou a semente que promete
A brisa que alivia
A terra que alimenta
O sol que ilumina.

Sou a eternidade de um instante de beleza.
Sou a floresta da juventude
A tempestade da adolescência
O lago sereno da maturidade.

Compartilho a fé nas emoções
A certeza da mudança
A inevitabilidade do tempo.

Trago no sorriso a alegria do amanhã
No olhar a serenidade de aceitar o ontem
E no silêncio a confiança do hoje.

Duci Medeiros

domingo, 24 de agosto de 2014

PARÁFRASE A BLAKE



O jovem William Blake disse um dia a sua amada “Veja o mundo num grão de areia, veja o céu em um campo florido, guarde o infinito na palma da mão, e a eternidade em uma hora de vida!”.
Eu, parafraseando o mestre da poesia digo: Veja o mundo em um olhar apaixonado, não o diminua, aprofunde-o e liberte-o, pois como uma flor a mão murcha e morre, um pássaro na gaiola entristece e definha, um amor controlado desiste da eternidade.
 Veja o céu em um sorriso infantil, criança carente de ego, pecado e malícia, pois assim como o homem é filho da natureza, a criança é o embrião da divindade.
Guarde o infinito na memória porque ele é como a alma, não deve ficar por muito tempo preso a um corpo finito e mortal, os dois são como o tempo que, maleável e escorregadio, nos inebria uns segundos para perpetuamente nos abastecer.
A eternidade pode ser vista em um milésimo de segundo em que duas almas se encontram em um olhar, dois lábios anseiam por um tocar e dois corpos se entregam em um amar. A eternidade é relativa, há amizades de dias que valem por anos de conhecimentos, há livros lidos que marcam uma vida inteira,  há palavras ferinas que sangram uma alma por anos.
O grão de areia mostra a eternidade do mar. Um campo florido denuncia o viço, beleza e constância do ciclo da natureza. A palma da mão marca os traços das linhas da humanidade e podem produzir o doce afago ou a mais traiçoeira violência. Uma hora de vida pode ser pouco para o fôlego dos amantes, mas pode ser uma eternidade para quem está morrendo sem fôlego.
DUCI MEDEIROS

sábado, 9 de agosto de 2014

TEMPO

O passado é mal criado
Teima em ficar presente
Nos incomoda com suas lembranças
Dores e saudades.

O futuro é escorregadio
Teima em nos escapar
Nos deixa a ver navios, quando não se realiza
E exige demais de nosso presente.

O presente é irreal
Teima em desfocar
Nos foge quando sentimos o passado
E escapa ao olharmos o futuro.

O tempo é relativo
Minutos parecem eternidade
Anos fogem como segundos
Nos inquieta, pois só sentimos falta quando se foi.

DUCI MEDEIROS

domingo, 20 de julho de 2014

LUTO

Esta semana as letras brasileiras estão de luto.
Nossa literatura perdeu três mestres da pena,
Almas iluminadas pelas palavras,
Brasileiros abençoados pelo pensamento lúdico.

Ficamos órfãos do Sorriso do lagarto,
Lagarto que fez viver o povo brasileiro.
Ubaldo Ribeiro nos deixa um dia
Sem sua brasilidade e criticidade.

Em outro alvorecer ficamos
Sem um teólogo, educador, cronista e romancista
Rubem Alves nos deixa sem o seu filosofar
Sem sua crônica e arte de falar.

Num entardecer o céu de Pernambuco chora
A natureza do sertão fica molhada de lágrimas
O nordeste, o Brasil e o mundo ficam órfãos de causos
Sem a força do agreste falar de Ariano.

Hoje a língua portuguesa fica mais pobre,
A literatura menos genial,
Mas o consolo é que o panteão de "penas" brasileiras
Cresce no céu e nos ilumina e inspira.

Os lenços balançam, as folhas em branco,
As penas caídas e uma lágrima reprimida,
Sentida e solitária molha o vazio do papel.

Nós, professores, poetas e povo mais pobres nos sentimos,
Solitários e com menos inspiração para a palavra.
Que o lápis caia, que a folha no vazio se perca,
Que o luto da língua se faça.
DUCI MEDEIROS

quinta-feira, 10 de julho de 2014

SOU SEMENTE

As ações femininas são os melhores intérpretes de seus pensamentos,
Mas suas reações são denúncia de seus sofrimentos.
As folhas secas dos traumas cobrem o caminho das recordações,
Enquanto os erros são os portais da descoberta e do renascimento.

A dor é um pesadelo do qual tento despertar.
Deus fez o alimento da alma
E o diabo acrescentou o tempero das sensações do corpo.

A fé é as pegadas pela noite escura,
A caminhada sem chão,
O olhar para o dia de amanhã com a certeza da indefinição,
Tudo isso que sustenta a alma incerta.

Já a paixão que turva os sentidos,
Esconde a razão pela bruma da emoção.
Eu, mulher inquieta, apego-me ao aqui, agora,
Onde todo o futuro emerge em promessa.

Deus, Tu és para mim uma janela para as emoções,
Sem ti sou árida, infértil e nada produzo.
Tu és o alicerce do meu chão
E o teto de minha alma.

A certeza do aqui se faz no olhar contemplativo para tua criação,
0 passado é apenas agradecimento e aprendizagem
E a confiança no amanhã é um ato de fé.

Sou a semente da incerteza
Broto da fé.
Enquanto Tu és o alimento que dá vida a alma e força ao corpo.

Para continuar respirando e  acreditando em mudança.

A vida é a terra da aprendizagem
O conhecimento germina
Quando nós temos a coragem de agir,
Sofrendo ou sorrindo, mas vivendo.
 DUCI MEDEIROS

terça-feira, 8 de julho de 2014

CAIR OU FICAR EM PÉ?


Enquanto minha alma chora
Minha face sorri.
Enquanto meu espírito sangra
Meu corpo ora.
De que adianta derramar lágrimas?
Provocar piedade, tristeza...
Prefiro que me achem louca
Insensível com o corpo,
Enquanto a alma dilacerada
Pede, clama por Deus.
Mas os homens não precisam ver minha dor
Deus sabe o que e onde eu sinto.
Aqueles que esperam ver-me cair
Vão ter que me olhar permanecer inteira
Pois para não cair eu ajudo os outros a levantar-se.
Meu espírito curva-se silencioso diante de Deus,
Mas meu corpo continua firme e forte na luta.

DUCI MEDEIROS

segunda-feira, 16 de junho de 2014

PASSAGEM

         Durante nossa vida nós morremos muitas vezes... Matamos a célula para nos tornarmos zigoto, matamos as partes para sermos um inteiro, e deixamos de ser parte da mãe para sermos sozinhos.
         Durante a infância vários são os momentos que morremos para nascermos mais fortes e inteiros. Nos sentimos parte de uma família que se rompe ao irmos para a escola. Na escola matamos vários indivíduos dentro de nós a fim de sermos parte dos amigos. Para nossa individualidade existir, deixamos de ser muitas vezes, abandonamos partes nossas pelo caminho.
      Junto com as mortes e os abandonos de nossas partes pelo caminho da infância, vai se acumulando um lixo emocional que empurramos para o fundo da alma e vamos prosseguindo nossa caminhada.
          A adolescência chega, vamos aos tropeços perdendo a voz, a face e as referências. Novos sonhos vão chegando junto com hormônios e desejos de aceitação. Vamos mais uma vez matando as brincadeiras e alegrias da infância para aprendermos a abandonar meninices que queríamos tanto preservar. Mais uma vez vamos acumulando emoções e (re)sentimentos sem entendê-los, aceitá-los nem vivenciá-los com serenidade. Mais mortes, pulamos de grupo em grupo, procurando por nós mesmos nos rostos (gostos) dos outros. Abandonamos partes nossa tentando sermos aceitos pelos grupos que nem sabemos por que queremos fazer parte deles.
             Depois de muitas espinhas, hormônios, lágrimas e mortes de novos sonhos, vamos para a próxima fase. E agora? onde trabalhar? fazer família? fazer o quê da vida? matamos muitas escolhas possíveis em busca de coisas impossíveis, inúteis e, na maioria das vezes, que nem queremos realmente. 
             E nesta jornada de mortes e nascimentos, vamos fazendo nosso caminho, cheio de passos incertos, buscas de afeto verdadeiro e encontros conosco mesmo. Vamos matando todo dia parte do que não somos, muito do que queríamos ser e mais ainda do que nunca poderemos ser. 
               Nesta caminhada, temos que matar também muitos lixos emocionais que vamos guardando desde muito tempo, sentimentos que nos fazem mal, emoções que nos fazem chorar com a alma e coisas que não valem a pena guardar, deixemos que se vão, que escorram pelas lágrimas das dores vizinhas, abandonemos junto com os pensamentos dos outros que guardamos pensando que são nossos. Matemos tudo isto, abandonemos pelo caminho a fim de abrir espaço para renovação e nascimentos.
               Não há felicidade no fim da estrada, o que acontece são sorrisos pelo caminho, alegrias que nascem de repente, que plantamos em um irmão e que nos contagia. Felicidade é como o amor, ela cresce quanto mais doamos, plantamos no outro, fazemos surgir em terrenos inférteis e como por encanto ela frutifica em nós.
               O que podemos matar hoje para abrir espaço para o novo? que emoção vamos abandonar para limpar o terreno da alma para um novo sentimento? Quantas sementes de alegria e amor podemos plantar nos irmãos e amigos para espalhar o amor e a felicidade? 

DUCI MEDEIROS

terça-feira, 3 de junho de 2014

É

UM ANJO ILUMINADO, ALEXSANDRO, ENVIOU-ME ESTE GRACIOSO POEMA PARA QUE EU DIVULGASSE NESTE MEU CANTINHO. COMPARTILHO COM VOCÊS A DOÇURA DE UMA BELA ALMA E AS CÁLIDAS PALAVRAS DELE.

Meu amor parece cinzas no ar,
 é tentar ver sua estética através  do desespero, 
é a lembrança de algo não acontecido. 
é uma chegada de uma distânçia não percorrida. 
é a sombra de um desejo instigante,
 é a perda de algo não necessário, 
é ter algo sem ter mesmo ganhado,
 é chorar sem possuir afeição
 é sonhar sem ter mesmo desejado 
é atravessar o rio a nado,
 é a petição de um amor negado 
é   escalar o inalcançado 
e sorrir mesmo exausto,
 é lutar com o invisivel, 
é lutar e ser correspondido 
e mesmo assim continuar durante esse breve delírio. 
ALEXSANDRO MESSIAS

quinta-feira, 29 de maio de 2014

RENOVAÇÃO

RENASCER  É UMA  OBRIGAÇÃO DE  TODOS NÓS
MATAR SENTIMENTOS QUE NOS LIMITAM
VARRER PARA LONGE LIXOS EMOCIONAIS
DESFAZER-SE DE PENSAMENTOS QUE NOS APEQUENAM
LIVRAR-SE DE PESSOAS QUE NOS DIMINUEM.

RENOVAR-SE É UMA ESCOLHA
AQUIETAR A ALMA
OLHAR COM CORAGEM PARA OS RECANTOS
VASCULHAR TODAS  AS EMOÇÕES
ANALISAR QUALQUER PENSAMENTO INQUIETANTE.

NESTE RECOLHIMENTO E OBSERVAÇÃO
PERMITIR O REFLEXO E A VISÃO DA VERDADE
OLHAR SEM PRECONCEITO OU APEGO
TOCAR CADA PEDAÇO DA ALMA
A FIM DE FAZER ESCOLHAS.

NESTAS ESCOLHAS E ATITUDES
RESIDE A LIMPEZA E RENOVAÇÃO
E AO PERMITIR-SE RENASCER
ENERGIZAMOS O CORPO
REPROGRAMAMOS A ALMA.

RENASCER A ALMA
RENOVAR AS EMOÇÕES
RECRIAR CONCEITOS
REPROGRAMAR PENSAMENTOS
SER... VERDADEIRAMENTE SER.

ESCOLHAS QUE DEVEMOS TOMAR
ATITUDES QUE PRECISAM SER REALIZADAS
DESPRENDIMENTOS NECESSÁRIOS
LIMPEZAS ESSENCIAIS
A FIM DE RENOVAR E RENASCER COMO SER.
DUCI MEDEIROS.

domingo, 4 de maio de 2014

CAMINHAR PELO ENTARDECER

         Sempre gostei muito de caminhar, traz a sensação de que, aos olhos da mente, o corpo sempre segue para frente. Sinto como se minha paixão em olhar para o passado fosse equivocada. O coração acelera, mas sem inquietar a pulsação ou cansar o pulmão, dá-me o doce sabor de estar viva. Pela disciplina das passadas a mente acaba conduzindo-se para outro lugar, sem a necessidade de estar aqui, sinto a liberdade de viajar.
      O entardecer, embora seja uma passagem, doce e colorida transição entre dois momentos. Guia-me à noite estrelada e ao surgimento da lua e ainda permite-me vislumbrar o colorido do céu ao se despedir do sol. Este momento mágico permite que eu perceba o aqui e o agora, transição entre o passado que muito me ensinou e a promessa de um futuro guiado pela escuridão da incerteza e pelas luzes do conhecimento adquirido.
      Caminhar pelo entardecer é viver entre dois mundos: a inércia e o movimento;  a luz e a escuridão. É a tomada da consciência do ser, intensamente ser, enquanto o tempo e o corpo deixam de ser para estar sendo. O esquecimento, a falta de consciência corporal, abre espaço para uma consciência espiritual.
        Enquanto caminho pelo entardecer, despeço-me da luz do passado e encontro o conhecimento de estar sendo em um mundo em que me vê apenas pelo que sou, pelo breve momento que consigo transmitir um lance da luz que habita meu ser. Nós somos como o entardecer, instantes de dois mundos, duas promessas em meio a realização comum. Somos um todo em formação, enquanto o mundo percebe apenas a luz passageira.
        Enquanto me despeço da luz, os passos disciplinados me levam a escuridão do futuro. Hoje digo adeus ao passado de quem fui para renascer um novo indivíduo que se refaz ao anoitecer para se reencontrar no amanhecer de uma nova vida.

DUCI MEDEIROS

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A LÁGRIMA

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO DOCE COMO O MEL
ADOÇA A DOR QUE DOE
ALIVIA A SAUDADE QUE APERTA.

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO LEVE COMO A BRISA
SUAVIZA O CALOR DA TRISTEZA
LEVA EMBORA A AGONIA QUE ASSOMBRA.

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO FORTE COMO A TEMPESTADE
ARRASA COM AS EMOÇÕES
DESTRÓI AS SENSAÇÕES.

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO SUAVE COMO A LUZ
ILUMINA AS VERDADES
AFASTA A ESCURIDÃO..

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO CERTA COMO O DIA
NOS HUMANIZA NA CERTEZA
NOS ETERNIZA NA EMOÇÃO.

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO LÍQUIDA COMO A MUDANÇA
FLUIDA ENTRE OS TEMPOS
METAMORFOSE DOS MOMENTOS.

A LÁGRIMA QUE CAI
DOE COMO O PASSADO
É CERTA COMO O PRESENTE
MAS É PROMESSA COMO O FUTURO.

A LÁGRIMA QUE CAI
É MINHA AMIGA
É SUA SOMBRA
É NOSSA IMAGEM.
DUCI MEDEIROS


quinta-feira, 3 de abril de 2014

À PEQUENA QUE CHORA



Numa tarde de lua minguante
Quando a deusa envelhecia
Eu vi você chorando
Pela dor que empalidecia.

Ao anoitecer ela vinha
Com suas lágrimas enternecia
Mostrando a quem queria
E sua verdade, adivinha?

É um ciclo de sentimentos
Que nasce na alegria
Morre todo dia
Renasce nos momentos.

Menina que míngua
Como a lua no céu.
Chora pelo que não é
Desvenda teu véu.

Saiba que tuas fronteiras
De amor e felicidade
São imensas como a deusa
Que revive na eternidade.

A lua no céu
Cresce e renasce
Cheia como mel
Brilha em tua face.

A dor é passageira
Como a lua cheia
Diga adeus à dor
Venha viver em flor.
DUCI MEDEIROS