quinta-feira, 30 de maio de 2013
DE QUE VALE?
O que faz com que sejamos humanos?
Os silêncios da alma
Ou as palavras que falamos?
Nossa vida é um cotidiano de palavras: mal ditas, caladas e sentidas.
Não sabemos o significado da maioria das palavras que ouvimos
E falamos muitas palavras vazias de significados.
O que significa SIGNIFICAR o dito?
Fazer com que o silêncio prevaleça se o que vamos falar
Venha a doer, ferir alguém ou a verdade.
Fazer com que a palavra dita seja útil e tenha propósito.
Nunca calar quando se faça necessário que a verdade prevaleça
Ou quando um inocente precise ser defendido.
Construir significados na vida é ENTENDER:
Sentimentos, ações e palavras.
Mas uma palavra significativa calada
Tem o mesmo peso que:
Sentimentos bons silenciados
E ações necessárias ignoradas.
O que vale é o silêncio de uma vida
Ou o significado das palavras que falamos?
De que vale o significado de AMOR
Se calamos o sentimento na alma?
De que vale saber o significado de PERDÃO
Se silenciamos a emoção no coração?
De que vale conhecer o significado das palavras:
COM LICENÇA, POR FAVOR, OBRIGADA
Se permitimos o som da grosseria
E da falta de educação em nosso cotidiano?
De que vale entender o significado de DEUS
Se não deixamos Ele entrar em nossa casa: ALMA.
Mas muitas palavras não conseguimos significar
Como o sentimento que tenho por você.
Nem o dicionário inteiro poderia explicar.
DUCI MEDEIROS
terça-feira, 21 de maio de 2013
AMIGOS
AMIGO, PALAVRA DOCE COMO O MEL
CHEIA DE LUZ COMO A AURORA
COM BOAS ENERGIAS COMO O ORVALHO DEPOIS DA CHUVA.
AMIGOS SÃO FLORES EM NOSSAS ESTRADAS
RIACHOS DE ÁGUA DOCE DEPOIS DE UMA CAMINHADA
SOMBRA DE ÁRVORE FRONDOSA EM TARDE QUENTE.
AMIZADE É COMO SUMO DE FRUTA DOCE ESCORRENDO PELA BOCA
SORVETE DE CHOCOLATE NO NARIZ
CHEIRINHO DE PIPOCA FRESCA.
AMIGOS PINTAM DE ARCO-ÍRIS A NOSSA INFÂNCIA
PERFUMAM DE JASMIM A ADOLESCÊNCIA
DÃO SABOR DE COMIDA CASEIRA A MATURIDADE.
AMIGOS, O QUE FALAR DELES?
NADA, MELHOR É SORRIR COM ELES
ESCUTÁ-LOS NAS HORAS CERTAS
ABRAÇÁ-LOS ANTES OU DEPOIS DAS LÁGRIMAS.
AMIGOS, VAMOS GARGALHAR PELAS ESTRADAS DA VIDA
VAMOS DIZER AO MUNDO QUE SOMOS IMPORTANTES
POIS TEMOS AMIGOS.
DUCI MEDEIROS
CHEIA DE LUZ COMO A AURORA
COM BOAS ENERGIAS COMO O ORVALHO DEPOIS DA CHUVA.
AMIGOS SÃO FLORES EM NOSSAS ESTRADAS
RIACHOS DE ÁGUA DOCE DEPOIS DE UMA CAMINHADA
SOMBRA DE ÁRVORE FRONDOSA EM TARDE QUENTE.
AMIZADE É COMO SUMO DE FRUTA DOCE ESCORRENDO PELA BOCA
SORVETE DE CHOCOLATE NO NARIZ
CHEIRINHO DE PIPOCA FRESCA.
AMIGOS PINTAM DE ARCO-ÍRIS A NOSSA INFÂNCIA
PERFUMAM DE JASMIM A ADOLESCÊNCIA
DÃO SABOR DE COMIDA CASEIRA A MATURIDADE.
AMIGOS, O QUE FALAR DELES?
NADA, MELHOR É SORRIR COM ELES
ESCUTÁ-LOS NAS HORAS CERTAS
ABRAÇÁ-LOS ANTES OU DEPOIS DAS LÁGRIMAS.
AMIGOS, VAMOS GARGALHAR PELAS ESTRADAS DA VIDA
VAMOS DIZER AO MUNDO QUE SOMOS IMPORTANTES
POIS TEMOS AMIGOS.
DUCI MEDEIROS
MERGULHO NA GEOGRAFIA INTERNA
Na
trilha do seu mundo interior
Buscando
desvendar o ser verdadeiro
Que se
oculta sob o véu das aparências,
O homem
anda pelos meandros do inconsciente
Percorrendo
roteiros ocultos do seu mundo interior.
Vai aos
países recônditos das suas profundas experiências,
Descobrindo
os picos da sua insensatez,
Os
perigosos despenhadeiros do seu orgulho,
Os seus
mares de angústia,
Desvendando
as imensas florestas dos seus instintos,
As
grandes catedrais dos seus sentimentos,
As
imensuráveis cachoeiras de suas revoltas,
Os
grandes desertos de suas frustrações,
Seus
imensos lagos de dúvidas
Ou seus
belos monumentos de possibilidades.
Esse
viajante segue ao longo de sua geografia interna,
A cada
passo uma surpresa,
A cada
momento se descortina uma nova paisagem,
Cheia
de inéditos caminhos
Que
apontam seu eu verdadeiro
E
explicam sua autêntica essência.
Nada
está previsto,
Nenhum
programa está traçado na via do mundo interior
E nunca
se sabe ao certo o que vai encontrar,
Se
cidadelas de esperanças ou metrópoles de desespero.
Podem
se deparar com pontes intermináveis
Que
conduzirão ao centro do ser,
Outras
vezes são atalhos que podem antecipar a chegada,
Outras,
são obstáculos imensos que sobrecarregam a difícil caminhada.
Este
caminho meticuloso e lento
Requer
cautela porque possui rotas que podem precipitar
Os
caminhantes em abismos sem retorno,
Nas
cavernas escuras do subterrâneo do inconsciente.
Nesta
viagem, há interrupção na jornada interior,
Pois
nem sempre o viajante está disposto a ir mais além,
Fica
margeando o grande rio
Com
receios de mergulhar fundo.
A
caminhada ao mundo interior não é fácil
A
viagem exige coragem,
Pois a
maior distância que existe,
É
aquela que separa a criatura de si mesma
E o
viajante, muitas vezes, não pode pagar o preço
Do
monumental espetáculo da verdade,
E ainda
é útil o véu da “ignorância”
Que lhe
ofusca a visão da luz.
Acabam
adiando o grande encontro
Por
ignorar que o encontro consigo mesmo
É o
porto seguro para sua libertação.
Desconhecendo
sua verdadeira natureza
O
viajante sofre os desvios da vereda da sua caminhada.
Aqui e
ali, ele repousa nas ilhas solitárias do seu país interno.
Ignorando
que precisa transcender as fronteiras da sua autoestima
Para
entrever as regiões esquecidas, ocultadas pelo medo
De
deparar-se com sua única realidade.
Na
serena contemplação do fluxo constante das ondas por onde passeia
A essência
do seu verdadeiro ser,
O
viajante recua ante o espetáculo da “destruição”
Que deixa em aberto todas as faces ocultas.
Destruição
esta que derruba todas as máscaras
Que o
homem ergue para disfarçar sua fragilidade
Diante do
mundo e para esconder de si mesmo os recônditos de seu ser.
Quando
o homem se vê violentamente privado do direito de se esconder de si,
Sua
face é refletida ante seu olhar espantado,
Sua autoconfiança
é ulcerada pelo medo,
Pela
insegurança, pela fragilidade de se ver exposta a si mesma.
Em
verdade, a inviolável sombra em que o homem
Permeia
a essência de seu ser difere
Das
paredes de concreto que ele edifica em torno de si.
Pois,
afastar o mundo de si é bem mais difícil
Que
construir um abismo entre seu olhar contemplativo e seu eu essencial.
Muito
embora seja mais fácil desmoronar o muro de concreto
Do que
abrir os olhos para enxergar a si mesmo.
DUCI MEDEIROS
COR
Tenho a cor da terra
A raiz da humanidade.
Tenho a cor da tempestade
Minha alma grita o trovão da dor
Chora as lágrimas da chuva.
Tenho a cor da pantera
Meus pés correm da injustiça
E voa em busca da esperança.
Tenho a cor da nuvem carregada de água.
A tua nuvem é iluminada pelo sol
Mas somos compostos pela mesma nuvem - humanidade.
Sou da cor do sangue adormecido
assim como amanhecida é minha dor.
Teu branco tem todas as cores da maldade.
O meu negro é vazio de esperança.
Sou negro com orgulho
Branco! me respeite!
Vamos unir com paciência
Nossa igualdade e consciência.
DUCI MEDEIROS
A raiz da humanidade.
Tenho a cor da tempestade
Minha alma grita o trovão da dor
Chora as lágrimas da chuva.
Tenho a cor da pantera
Meus pés correm da injustiça
E voa em busca da esperança.
Tenho a cor da nuvem carregada de água.
A tua nuvem é iluminada pelo sol
Mas somos compostos pela mesma nuvem - humanidade.
Sou da cor do sangue adormecido
assim como amanhecida é minha dor.
Teu branco tem todas as cores da maldade.
O meu negro é vazio de esperança.
Sou negro com orgulho
Branco! me respeite!
Vamos unir com paciência
Nossa igualdade e consciência.
DUCI MEDEIROS
segunda-feira, 20 de maio de 2013
VIR A SER
Eu sou a gota d'água que caiu no lago - o mundo,
Uniu-se, identificou-se, absorveu e absorveu-se no mar da vida.
Eu sou o sopro do vento que singrou nos recantos da vida
Que aqui estando fui recebida inquietamente.
Eu sou a chama do fogo que aquece e se consome
Na tentativa e na realização de marcar e ser marcada.
Eu sou um vago instante no tempo
Que passa e pouco fica, mas que leva cicatrizes - ideias e conhecimento.
E comunica-se com a transformação do outro e de si mesma.
Sou a palavra dita num instante de inspiração
Ou calada na eternidade da dúvida.
Sou o não-dito intemporal
que se faz presente nas incertezas humanas.
Sou o poema que ficou esquecido na página em branco.
A rima que perdeu-se na tinta do cotidiano
O soneto incompleto na madrugada da vida.
Sou a natureza imperfeita que ficou esquecida
No tédio da vida.
Sou ninguém na imensidão humana
Sou uma gota no oceano de insignificância
Sou mais do que tu pensas
Sou menos do sei
Sou... não importa muito o que sou.
Apenas quem posso vir a ser,
Mas será que há um vir a ser?
DUCI MEDEIROS
Uniu-se, identificou-se, absorveu e absorveu-se no mar da vida.
Eu sou o sopro do vento que singrou nos recantos da vida
Que aqui estando fui recebida inquietamente.
Eu sou a chama do fogo que aquece e se consome
Na tentativa e na realização de marcar e ser marcada.
Eu sou um vago instante no tempo
Que passa e pouco fica, mas que leva cicatrizes - ideias e conhecimento.
E comunica-se com a transformação do outro e de si mesma.
Sou a palavra dita num instante de inspiração
Ou calada na eternidade da dúvida.
Sou o não-dito intemporal
que se faz presente nas incertezas humanas.
Sou o poema que ficou esquecido na página em branco.
A rima que perdeu-se na tinta do cotidiano
O soneto incompleto na madrugada da vida.
Sou a natureza imperfeita que ficou esquecida
No tédio da vida.
Sou ninguém na imensidão humana
Sou uma gota no oceano de insignificância
Sou mais do que tu pensas
Sou menos do sei
Sou... não importa muito o que sou.
Apenas quem posso vir a ser,
Mas será que há um vir a ser?
DUCI MEDEIROS
sábado, 18 de maio de 2013
PALAVRAS NADA FALAM
Eu, filha
da lua e do mar,
Corpo que cai e tateia,
Sofro, desde a tenra infância,
Em busca dos porquês da vida.
Sobe-me à boca uma ânsia de dizer
Corpo que cai e tateia,
Sofro, desde a tenra infância,
Em busca dos porquês da vida.
Sobe-me à boca uma ânsia de dizer
Cala-me
na alma o silêncio da ignorância.
Ando a espreitar meus olhos pelo mundo
Como um fantasma que busca na solidão
O pergaminho das respostas.
Ando a espreitar meus olhos pelo mundo
Como um fantasma que busca na solidão
O pergaminho das respostas.
Ninguém assistiu à morte do silêncio,
Enterro de tua ignorância.
Somente a palavra – esta inquieta –
Foi tua companheira inseparável!
Nunca fui como criança
Nunca tive muitos amigos.
Tive somente a certeza das perguntas
E absoluta
desconfiança das respostas.
Não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi na solidão.
A observar
e encontrar a fé.
Não nos outros e em suas certezas,
Não nos outros e em suas certezas,
Mas
no silêncio e suas dúvidas.
Fiquei então sem fé,
Fiquei então sem fé,
A
toda gente, falo palavras sem sentido.
Nego
o silêncio, pois é uma ilusão e mais nada!
E grito então, ao silêncio das certezas
E grito então, ao silêncio das certezas
Que as
palavras nada falam.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
PROFESSOR - O TEU SILÊNCIO
PROFESSOR - O TEU SILÊNCIO
Professor, o teu silêncio secou teu olhar para a aurora.
Ao teu alheamento ergueu-se a saudade dos sussurros.
A catedral de silêncios é a própria sombra do momento, criado para te calar.
A tua voz é viúva e o tédio do teu silêncio abriga os horizontes da dor.
O teu riso professor é o eco das harpas sem cordas.
Os alunos foram cúmplice do teu calar,
mas não são acusados pelo teu eterno silenciar.
Professor, o teu silêncio é uma nau perdida em um mar de dor e solidão.
O coração dos alunos é uma âncora para esta voz surda e pálida.
É hora de assombros, no teu céu interior.
Tua alma é caverna onde as emoções são talhadas em mármore frio.
E os sonhos, professor, são tristes enganos, adormecem em leitos de dor.
O palácio das angústias é tua alma, pálida hora do sussurro.
Dói, mestre, ver o abandono dos sorrisos cristalinos e a angústia da voz cortada pelo olhar de dor.
As ruínas que abrigam tua alma é irmã daquela que acolhe tua voz.
És náufrago de um mar de dor.
Poeira ao vento do esquecimento.
Professor, um olhar furtivo e caridoso acolhe todo timbre e alegria da tua voz,
Enquanto um mar de lágrimas abriga toda tua dor.
Enquanto um mar de lágrimas abriga toda tua dor.
Querem te silenciar, assim como querem teu esquecimento.
Os eleitos pelo povo silenciam a voz dos mestres.
Obra sublime, venceram décadas de ditadura.
Com um silenciar insistente e amplo.
Silenciar, que atinge tua alma, teu bolso e tua dignidade.
Eles profetizam: cala-te professor!
O silêncio se faz.... Até quando?
Poetisa e docente:DUCI MEDEIROS
Figura: O silencio de Henry Fuseli
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