quinta-feira, 10 de outubro de 2013

POETAS DA GRANDE ALVORADA

Na árida terra do imaginário
Brilha o sol da poesia
Sussura o uivo do ritmo cadenciado
Do sertão no Lauro vivenciado.

Ao poeta Marcos
Seguem os Passos da palavra
A alegria e simplicidade do verso
O som e aroma da terra no poema imerso.

Em momento de travessura Ésio
Faz nascer o repente de Rafael
Delineando o cordel dos sons
Com a musical cor dos tons. 

Enquanto isto Édison
Faz malabarismos com voz de Roberto
Criando poemas e cores
Mesmo no silêncio dos amores.

O alunado em silêncio suspira
Ante a lírica do sertão
Muito bem apresentada
Pelos poemas da grande alvorada.

Agradecemos ao sertão em primeira mão
Por nos dar os Passos da poesia
Pelo risonho Rafael com cordel
De repente pelo Roberto adocicado com mel.
DUCI MEDEIROS

domingo, 6 de outubro de 2013

O PRAZER DE ESTAR SÓ


O solitário é aquele que geralmente não se sente bem consigo mesmo. Busca constantemente preencher o vazio, os espaços, o silêncio de sua vida com qualquer coisa. Relaciona-se com qualquer um, desde que não seja imposto a ele estar "apenas consigo mesmo". Entretanto, o amor e o respeito a nós mesmos cria uma atmosfera propícia para identificarmos a nossa alma. E é justamente nos momentos de solidão, que também somos convidados a viajar pelos caminhos do nosso mundo interior e buscar nossas respostas. A solidão vem da importância exagerada que damos ao outro. Quanto mais dependemos do outro, mais nos maltratamos e quanto mais intensificamos o diálogo com o nosso coração, mais sensações boas atraímos para nossa vida. Quando estamos bem com a nossa companhia, atraímos pessoas sinceras e que realmente gostam de estar com a gente, porque emanamos vibrações de alguém que realmente se ama. Como podemos atrair pessoas boas e afetuosas quando estamos em vibração de dependência? Colocar o fim da solidão no outro, é tornar-se eternamente um solitário. Quando temos a crença na "falta", a vida vai nos podando de todas as companhias, até que aprendamos a gostar da gente mesmo. "...buscam no retiro a tranquilidade que certos trabalhos reclama... Isso não é retraimento absoluto do egoísta. Esses não se insulam da sociedade, porquanto para elas trabalham..." Somente no recanto meditativo poderemos interpretar e cultivar os interesses de nosso santuário íntimo.... Somente vivenciando a satisfação, o êxtase e o prazer de nossa própria companhia é que desfrutaremos do verdadeiro sentido de não precisar, e sim querer estar com o outro. "Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestuosas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite...".
DUCI MEDEIROS