quinta-feira, 10 de abril de 2014

A LÁGRIMA

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO DOCE COMO O MEL
ADOÇA A DOR QUE DOE
ALIVIA A SAUDADE QUE APERTA.

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO LEVE COMO A BRISA
SUAVIZA O CALOR DA TRISTEZA
LEVA EMBORA A AGONIA QUE ASSOMBRA.

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO FORTE COMO A TEMPESTADE
ARRASA COM AS EMOÇÕES
DESTRÓI AS SENSAÇÕES.

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO SUAVE COMO A LUZ
ILUMINA AS VERDADES
AFASTA A ESCURIDÃO..

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO CERTA COMO O DIA
NOS HUMANIZA NA CERTEZA
NOS ETERNIZA NA EMOÇÃO.

A LÁGRIMA QUE CAI
É TÃO LÍQUIDA COMO A MUDANÇA
FLUIDA ENTRE OS TEMPOS
METAMORFOSE DOS MOMENTOS.

A LÁGRIMA QUE CAI
DOE COMO O PASSADO
É CERTA COMO O PRESENTE
MAS É PROMESSA COMO O FUTURO.

A LÁGRIMA QUE CAI
É MINHA AMIGA
É SUA SOMBRA
É NOSSA IMAGEM.
DUCI MEDEIROS


quinta-feira, 3 de abril de 2014

À PEQUENA QUE CHORA



Numa tarde de lua minguante
Quando a deusa envelhecia
Eu vi você chorando
Pela dor que empalidecia.

Ao anoitecer ela vinha
Com suas lágrimas enternecia
Mostrando a quem queria
E sua verdade, adivinha?

É um ciclo de sentimentos
Que nasce na alegria
Morre todo dia
Renasce nos momentos.

Menina que míngua
Como a lua no céu.
Chora pelo que não é
Desvenda teu véu.

Saiba que tuas fronteiras
De amor e felicidade
São imensas como a deusa
Que revive na eternidade.

A lua no céu
Cresce e renasce
Cheia como mel
Brilha em tua face.

A dor é passageira
Como a lua cheia
Diga adeus à dor
Venha viver em flor.
DUCI MEDEIROS

terça-feira, 1 de abril de 2014

SOLIDÃO

Solidão... és minha companhia.
Olho meu mundo diverso
Tenho coragem de me enfrentar.
Encarar os defeitos que formam minha crosta humana.

Humanamente incerta e confusa
É a decisão de não mudar.
Temo que eu corte o defeito que me sustenta
Não restar nada que me complete.

Olho, diviso minhas falhas
Encontro em suspiros os acertos.
Desbravo os pedaços que me completam
Como se estivesse plena de tudo.

Solidão por me buscar
Saudade ao se encontrar
Com as faces que se perderam
Nas páginas desgastadas do tempo.

Solidão em meio a multidão de mim mesma
Rostos olham-me pelo espelho do tempo
Pelos espaços dos sentimentos
Pelos intervalos do que não foi.

Fome de encontrar meus eus
Sede de beber a verdade
De quem sou e quero ser
Entre o que fui e deixei de ser.

Solidão... beije minhas lágrimas
Acaricie minha dor
Entre as gargalhadas dos sonhos
E gemidos da realidade.
DUCI MEDEIROS