terça-feira, 1 de abril de 2014

SOLIDÃO

Solidão... és minha companhia.
Olho meu mundo diverso
Tenho coragem de me enfrentar.
Encarar os defeitos que formam minha crosta humana.

Humanamente incerta e confusa
É a decisão de não mudar.
Temo que eu corte o defeito que me sustenta
Não restar nada que me complete.

Olho, diviso minhas falhas
Encontro em suspiros os acertos.
Desbravo os pedaços que me completam
Como se estivesse plena de tudo.

Solidão por me buscar
Saudade ao se encontrar
Com as faces que se perderam
Nas páginas desgastadas do tempo.

Solidão em meio a multidão de mim mesma
Rostos olham-me pelo espelho do tempo
Pelos espaços dos sentimentos
Pelos intervalos do que não foi.

Fome de encontrar meus eus
Sede de beber a verdade
De quem sou e quero ser
Entre o que fui e deixei de ser.

Solidão... beije minhas lágrimas
Acaricie minha dor
Entre as gargalhadas dos sonhos
E gemidos da realidade.
DUCI MEDEIROS

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