sábado, 12 de dezembro de 2015

SILÊNCIOS QUE CICATRIZAM

Não são os grandes feitos que fabricam as maldades,
São as ações do dia a dia que abrem caminhos para o mal.
Não são as miúdas ações do quotidiano que criam os vales de dor da alma,
São os pequenos instantes de indecisão que os abrem.
Não são as ações do outro que cavam nossa dor,
São nossos medos de agir, reagir que nos paralisam.
Não são os ecos do dito que nos traumatizam,
São os silêncios que cicatrizam.
Silêncio paralisante vai consumindo a esperança, grão a grão.
O não agir que diminui a transformação.
O silêncio que interdita a ação.
Os olhares que congelam qualquer reação.
Não são os outros nossos inimigos
Somos nós mesmos que sabotamos o riso,
Impedimos a luz de iluminar nossas auroras
Sacrificamos as verdades que chegam com o luar
Punimos as alegrias que sinalizam com as alvoradas.
Que a alma sabotadora seja aniquilada
Pela oração ratificadora.
Pela esperança renovadora
E pela ação do tempo reparador.
DUCI MEDEIROS

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