Nos meus olhos a realidade é diferente
A eternidade é uma bandeira
Aberta ao céu azul dos sonhos.
Sem margens, destino ou história
O tempo que se esvai é glória
E o susto da realidade minha memória.
De antiga perfeição campestre,
Nas margens um unicórnio reluzente
Nos mares uma sereia ausente
E nos ares um condor contente,
Não por voar tão REAL e tão presente,
Mas por existir um tempo
De sereias, unicórnios e sonhos a sua frente.
Mais tarde esqueci de fechar os olhos,
O que ví foram corpos infantís jogados,
Adolescentes vendidas e dilaceradas,
Jovens marginais e dopados,
Velhos cansados e maltratados.
Como relâmpago fechei as pálpebras
Para o mundo diante de mim.
Fez-se constante um pensamento errante
Unindo os tempos e a eternidade dos sonhos
O vento desatado da vertente
Fez sem solução a questão presente.
Sem solução de amor e de unidade
Dos sonhos com a realidade.
DUCI MEDEIROS
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