sábado, 3 de agosto de 2013

E o corpo...Morre.



Sofro... Vejo o vazio que sobrou em meu ventre
Foi-se toda antiga alegria e glória do nascer
Abandona-me a certeza da vida
Aproxima-se a dor da morte.
Que fazer, para ser depositório de vida?
E não corpo da morte?
Amei... Cada instante de dúvida e temor
Todo pedacinho de incerteza
Mas tive a cruel confirmação da incompletude
A coroa de espinhos da vítima
Ou o receptáculo de desdém dos injustiçados.
Solidifica-se a dor pela perda
E a dor da culpa pelas possibilidades perdidas.
Apenas viver o vazio
Escrever sobre a perda
Não preenchem o corpo
Não restauram a alma.
Padeço! Que fazer para encontrar algo de bom?"
Perdoar-me? culpar o destino?
Aprender com a experiência?
Aceitar o inevitável?
Nada?
Perdoei... A mim mesma, mais uma vez.
Conheço muito sobre o perdão e a prece,
Tive a oportunidade de encontrar a piedade
A dor de não ser quem eu queria ou precisava ser
O medo do pecado cometido e justificado pelo amor.
Que fazer  para o consolo?"
Esquecer, perdoar... e continuar...
Mas lembro... Em dor, sangue e fel
O coração me escorre
A alma encolhe
E o corpo... Morre.
DUCI MEDEIROS

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AMIGOS, ABRI ESPAÇO PARA O COMENTÁRIO DE VOCÊS AOS MEUS TEXTOS, FIQUEM A VONTADE PARA LER E COMENTAR. BEIJINHOS ANGELICAIS.