Nosso
altar particular, onde ordenamos as cartas do jogo de nossa vida, onde
guardamos os sentimentos mais íntimos, as emoções que erguemos sobre as lágrimas
derramadas e onde somos o protagonista dos sonhos e derrotas é formado pelo
tempo e cercado por um muro de proteção.
Neste
altar guardamos verdades doloridas, mentiras sobre nossos erros e acertos ditas
ao longo da vida, dor pelas perdas, lembranças de momentos felizes, um teto de
cristal que nos protege e uma casca ilusória de controle emocional.
Em
volta deste altar erguemos um muro, que como tantos outros muros que construímos
em volta de nós, possui dois lados: a falsa proteção e o verdadeiro isolamento
da alma.
Os
muros que erguemos em volta de nós criam uma casca protetora que dificulta que
sejamos magoadas e decepcionadas, mas também impedem que os anjos que andam
pela terra cheguem perto de nós para abrir as asas para nos proteger do
verdadeiro inimigo: nosso medo e estranheza diante do outro, da vida, de nós
mesmo.
Precisamos
olhar estes muros em volta de nosso altar particular e aprender a abrir uma
janela para que os familiares possam nos fornecer carinho, os amigos nos
mostrarem afetuosamente nossas falhas e que os desconhecidos de alma iluminada
possam nos indicar o caminho a seguir, pois qualquer um pode emprestar o corpo
para um anjo tocar nossa alma.
DUCI
MEDEIROS
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