quarta-feira, 6 de março de 2013

MENDIGO


Corpo jogado,
Laje fria  é berço dourado
Jornal velho é lençol de cetim.

Teto, as estrelas
Banco da praça é sala de jantar.
Lixo não dormido é verdadeiro banquete.

Mundo, não foi o nascer, mas jogar na vida.
Destino, não foi o crescer, mas atropelar-se pela ruas.
Rua, que menino abrigou.
braços de mãe injusta
Colo de pai severo
E abraço de vida marginal.

Criança, que choro desprezou,
Que sorriso cínico aprovou.
Menino, voz áspera pela gíria,
Olhar duro pelo mundo
Andarilho e sem rumo.

Sou criança?
Não sou marginal da sociedade
Desprezo nos olhos,
Descrença nas mentes
Medo nas almas.

Sou a esperança sem destino
De um país sem menino.
Sou o futuro do Brasil
Um país juvenil sem jovens,
Mas cheio de mendigos
De pão...
Amor...
Educação...
E futuro.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

AMIGOS, ABRI ESPAÇO PARA O COMENTÁRIO DE VOCÊS AOS MEUS TEXTOS, FIQUEM A VONTADE PARA LER E COMENTAR. BEIJINHOS ANGELICAIS.