Eu, filha
da lua e do mar,
Corpo que cai e tateia,
Sofro, desde a tenra infância,
Em busca dos porquês da vida.
Sobe-me à boca uma ânsia de dizer
Corpo que cai e tateia,
Sofro, desde a tenra infância,
Em busca dos porquês da vida.
Sobe-me à boca uma ânsia de dizer
Cala-me
na alma o silêncio da ignorância.
Ando a espreitar meus olhos pelo mundo
Como um fantasma que busca na solidão
O pergaminho das respostas.
Ando a espreitar meus olhos pelo mundo
Como um fantasma que busca na solidão
O pergaminho das respostas.
Ninguém assistiu à morte do silêncio,
Enterro de tua ignorância.
Somente a palavra – esta inquieta –
Foi tua companheira inseparável!
Nunca fui como criança
Nunca tive muitos amigos.
Tive somente a certeza das perguntas
E absoluta
desconfiança das respostas.
Não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi na solidão.
A observar
e encontrar a fé.
Não nos outros e em suas certezas,
Não nos outros e em suas certezas,
Mas
no silêncio e suas dúvidas.
Fiquei então sem fé,
Fiquei então sem fé,
A
toda gente, falo palavras sem sentido.
Nego
o silêncio, pois é uma ilusão e mais nada!
E grito então, ao silêncio das certezas
E grito então, ao silêncio das certezas
Que as
palavras nada falam.
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